Friday, April 30, 2010

No final tu hás de ver que as coisas mais leves
são as únicas 
que o vento não cosegue levar:
um ESTRIBILHO antigo
um carinho no momento preciso
o folhear de um livro de poemas
o cheiro que um dia teve
o próprio vento...
-Mário Quintana, in A Cor Invisível-

Saturday, April 17, 2010

THANX, MR. DILLON!

Bem, agora já é sábado, a primeira hora de sábado, para falar a verdade.

Tive uma semana muito solitária, com sonhos estranhos e um distanciamento de pessoas que é de arrepiar. Não que isso seja tão ruim... Nesses últimos dias andei pensando muito sobre a minha vida e sobre o que eu realmente quero dela! Quase sempre é difícil saber, mas de alguma forma eu sei, sempre soube e sempre saberei! Verbalizar, no entanto é insuportavelmente difícil.

Então a meia noite e quarenta e cinco minutos aproximadamente da sexta-feira , 16 de abril, fui tomada por uma dor de barriga apavorante que me fez sair da cama, da qual já me encontrava bem aconchegada entre travesseiros e edredom e fui correndo ao banheiro. Lá encontrei uma revista ELLE, do mês passado, a qual ainda não havia dado uma folheada mais detalhada (mas isso não é importante). Então, me deparei com uma entrevista do Matt Dillon, um cara que eu acho super sexy, charmoso e tem um jeito de ser cheiroso também (apesar da cara de fumante que ele tem, todos charmosos fumam, é fato!)! A grande questão da entrevista era sobre a fama dele de coroa (46 anos), rebelde e pegador e, citava uns trechos da entrevista dele, que aqui transcrevo.

“Sou apaixonado pela vida e pela liberdade. Estou sempre correndo atrás da felicidade. [...] Quando amamos alguém de verdade, nosso mundo ganha mais profundidade. Só que fica muito menor. É como se as nossas asas fossem cortadas. [...] Não abro mão do que me dá prazer: minhas viagens e aventuras.”

Bingoooooooooooo! As frases do Mr. Dillon simplesmente matou a charada da minha pensativa semana sobre os meus anseios, reflexões e foda-ses(!?) entorno do meu amor próprio, dos meus amigos, da minha vida e os meus desejos nesses últimos sete dias. THANX, MR. DILLON!

Thursday, April 01, 2010

Definitivamente, sou praiana!

Acabo de arrumar a minha mala para ir para a praia, passar o feriado da Páscoa em Santa Catarina. Se fosse um simples final de semana na casa da praia, seria mais fácil, simplesmente porque tenho tudo lá. Mas, quando vou mais para outro lugar, preciso pensar nas roupas (e biquínis), no xampu, na escova de cabelo e de dente, no travesseiro, no lençol, na toalha, no perfume, no chinelo, no sapato, nos acessórios e na maquiagem! Mas mesmo assim, para mim é fácil. Sempre soube fazer uma mala com muita facilidade.
Difícil para mim é me arrumar para sair numa balada qualquer aqui (na cidade grande), nunca sei se vou estar adequada para o lugar ou para a situação. Se a maquiagem vai ser de mais, se a roupa não vai ser muito simplesinha, estas coisas todas que só as mulheres entendem!
Outro dia sai para ir para um lugar, na minha cabeça (digo isso, porque não posso dizer pelos outros) para aquele lugar eu estava adequadamente vestida, calça de jeans, o meu super-sapato novo, uma blusa bacana, um colar, brincos e uma maquiagem bem clássica (batom vermelho, degrade de sombra cor de pérola, delineador preto e muito rimel). Para mim estava mais do que bom! Eu e as minhas amigas passamos pela frente do lugar e estava vazio, então começou a procura. Fomos a Cidade Baixa e, para lá todas nos estávamos over, daí tem uma balada nova na cidade, a Meat (que pelo menos para mim é nova) e resolvemos entrar. E para lá me senti muito chulé, um E.T.. Os homens estavam todos vestidos normal, lê-se camiseta e calça jeans, alguns até de tênis, mas as mulheres estavam mega produzidas, pareciam que estavam vindo da sua formatura de colégio. Chega a ser ridículo o contraste, entre os homens e as mulheres. Fiquei pensando o porquê de eu não estava vestindo um vestido. Mas, logo cai na real e percebi que geralmente uso vestidos mais elaborados para situações mais especificas, não para uma festa qualquer, não faz sentindo para mim aquela produção para uma noitezinha qualquer. No entanto estava me sentindo tão inferior que acabei por odiar a festa, e como eu era a motora da vez, nem beber para esquecer eu bebi!
O engraçado e que eu não costumava ter esses “pseudo-problemas” com a minha roupa quando estava morando fora do Brasil. Os gringos não têm essa preocupação toda com a embalagem. Até por sinal, quando mais bagunçado/arrumado eles estiverem melhor e acabam sempre por estarem ótimos (mas este é outra tese/devaneio para outro post).
Bem, falei tudo isso para dizer que me viro melhor na praia, porque sinto que eu faço parte. Geralmente passo o dia dentro do mar surfando e de noite vou para a balada (cedo e volto cedo) e consigo saber mais ou menos como funciona o jogo entre os MALES X FEMALES. É mais fácil saber se portar quando se sabe o jogo, porque na praia o povo que esta ali se conhece pelo cheiro do mar (Ok, o perfume também ajuda). Como o lugar é restrito, na praia a gente sente a afinidade, de quem esta ali para quê. Sei lá, como explicar isso ao certo. Mas é bem mais fácil o jogo para mim quando estou perto do mar. Aqui na cidade os jogadores nem sempre são o que aparentam ser, a poluição esconde a verdade.
Chega, vou parando por aqui, desses meus acessos de pensamentos sobre o meu umbigo. Sou praiana e acho que nunca mais vou conseguir ser verdadeiramente urbana. Preciso de água e sal para me benzer, mas disso eu sempre soube!
...
FELIZ PÁSCOA! E que o renascimento não esteja só em Cristo, que ele também esteja dentro do seu coração!